Que nem limão

Que nem limão

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Sono?

Quando o sono te abandona naquela hora em que você mais precisa dele, não tem solidão que escape aos pensamentos.

Eu, que fico sempre surpresa com a forma como se vivem as vidas e curiosa com a maneira como algumas decisões se impõem, fico intrigada com a forma como pensar pra trás é um jeito muito efetivo de olhar adiante.

Pode parecer controverso, mas não é. Não dá pra pensar em futuro sem retomar o passado. E as coisas que eu vivi insistem. E essa insistência é própria daquilo que deixa um tipo de marca.

Tô numa fase da minha vida em que assuntos como casamento, filhos, lugar que eu vou escolher pra morar parecem saltitar na minha frente. Ao mesmo tempo, não me sinto nem um pouco pronta pra dizer quais são minhas certezas sobre essas coisas. Me sinto uma menina.

Nessa hora, me dá uma saudade. E essa saudade é de sentar em uma mesa de bar, embaixo de um céu estrelado e ficar rindo até de madrugada. Que falta me faz isso: um céu estrelado e um pouco mais de inocência. 

Se eu pudesse pedir ao tempo um presente, seria isso: me devolve aquela vida menos cínica. Aquela de quem acredita que amar é simples como andar, e que a vida vai se dar sem me cobrar algumas renúncias.

Ilusão. Naquela época não era desse jeito. O nome disso é nostalgia. Melhor deixar pra lá. Há ótimos encontros a serem festejados hoje. 

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